O Pequeno Príncipe voltou? Oh, dúvida cruel!

Soube por um tweet da Anita Efraim (filha da @rosana) que a editora Fontanar (Objetiva) vai lançar uma continuação dO Pequeno Príncipe, com aval da Fundação Exupéry.  A notícia, aparentemente simples, caiu como uma bomba sobre mim.

Digo que caiu como uma bomba porque o Principezinho faz parte da minha vida desde meus 13 anos. Foi um presente de uma grande amiga, que morreu logo em seguida, e que conservo até hoje, todo grifado, com canetas/lápis/hidrocor de cores diferentes, porque foi lido repetidas vezes, em várias fases da minha vida. E do jeito que li e reli, até sabê-lo quase todo de cor, sinto-me íntima de Exupéry.

Deixe-me dizer algo que pode ser uma novidade até para os mais entusiastas do autor francês: Existe a possibilidade de Exupéry já ter estado no Brasil, sofrido uma queda de avião [semelhante à relatada no livro] no litoral da Bahia, mais precisamente na Península de Maraú, no local conhecido por Campinho. Após essa queda, enquanto tentava consertar seu avião, ele conheceu uma mulher, negra, que o acolheu em sua casa. Viveram um breve mas tórrido romance, e nos meses em que viveram juntos, ela o ensinou a comer comida baiana e ele a ensinou a não tomar banho.

Conheci esta mulher em 1997 ou 98, não me recordo bem. Sei que alguém tirou foto minha com ela, mas não lembro quem foi, Fui procurar nos meus guardados, e encontrei a foto. Infelizmente no verso da foto não tem marcado a data… Conversamos muito, ela contou que ele não falava nada de português, mas em momento algum foi difícil se comunicarem. Mostrou algumas palavras escritas em francês num pedaço de madeira já gasto, uma antiga porta, que seria a carta de despedida e a marca de que ele estivera ali. Nessa ocasião, ela já tinha mais de 80 anos, nenhum dente e um mau cheiro insuportável, mas também tinha uma excelente memória, para contar detalhes dessa parte de sua vida.

11-10-2011 022

Confesso que não me dei conta da grandiosidade do momento, enquanto o vivia. Hoje penso que essa história está perdida, ninguém registrou nada, e vou parecer uma louca dizendo tudo isso, mas juro que é verdade. Procurei no Pai Google algo sobre o avião de Exupéry ter caído na Bahia, e não encontrei nada. [Bom, pode ser que agora as buscas futuras joguem aqui!]

Acho estranho nunca nenhum historiador ter registrado isso, mas não creio que seja mentira. O povo do local é muito simples, e todos falavam no assunto como se fosse algo comum… Marido é de opinião diferente, acha que se não foi registrado, então não aconteceu. E ainda me cobra posição de “pesquisadora”. Tá, eu sei o que vi, ouvi e vivi naquele dia de outubro de algum ano da década de 90. E é isso que estou dizendo aqui.

Mas voltemos ao assunto que foi o start deste post. Saber que alguém, [o argentino Alejandro Guillermo Roemmers] que não é o próprio Exupéry escreveu uma continuação da história, me faz tremer por dentro. Como alguém se dá ao desfrute de se igualar ao “meu” Exupéry? E logo um argentino!

“Como tantos que leram O Pequeno Príncipe, eu também captei a simplicidade de sua mensagem e compartilhei a tristeza de Saint-Exupéry quando o herói-criança, que alcançara as profundezas de meu coração, foi obrigado a retornar a seu asteroide. Muitas vezes perguntei a mim mesmo, o que aconteceria a essa criança tão especial se continuasse a viver entre nós. Como seria sua adolescência? Conseguiria preservar a inocência de seu coração?” indaga o poeta argentino A. G. Roemmers.

Ás vezes penso que vai ser lindo, outras penso que é um sacrilégio. Pensar que o Pequeno Príncipe não morreu ao ser picado pela Serpente, e que pode voltar, com novos questionamentos  como origem dos problemas, a dificuldade de ser adulto, o poder da amizade, o segredo da felicidade e a importância do amor… dá vontade de simplesmente acreditar que o próprio Exupéry não morreu e ele mesmo escreveu a continuação da história. Mas penso também que posso me frustrar, se a continuação não tiver o mesmo poder que teve o original…

Não sei o que esperar de mim, não sei o que fazer. Ignorar, fazer de conta que nem li a notícia,  ou correr e comprar na pré-venda? Oh, dúvida cruel…

UPDATE:

Comprei o livro na pré-venda.

Recebemos 11/10/2011 19:34:40 da instituição financeira a confirmação de pagamento de seu pedido nº 3275001.
Enviaremos o(s) seguinte(s) item(ns) de seu pedido:

– RETORNO DO JOVEM PRINCIPE, O
– Data prevista de entrega do 1º item até 09/11/2011 Preço unitário: R$22,90 Quantidade: 1 Total: R$22,90.

O problema é que…

 

…para o mau entendedor, nem todas as palavras bastam!!!

Meu fiote colocou o link deste vídeo no twitter, e me senti na obrigação de repartir. Uma paródia super bem feita, com conteúdo técnico e estético sem defeito. Pena que a mensagem jamais chegará a seu destino: aqueles que passam todas as horas do seu dia encaminhando (forwarding) aquelas quilométricas mensagens  em ppt, anúncios de vírus e correntes com ameaças (se não reenviar para xxx pessoas acontecerá [insira aqui as piores tragédias] com você, ou promessas de prêmios ou centavos por cada e-mail reenviado. E jamais usam BCC ou CCO (cópia oculta).

Enfim…  mesmo sabendo que não vai resolver, que tal reproduzir o vídeo, que nem os pôneis malditos???  Rá! lembrou, hein???

Saudade

A querida Silmara Franco escreveu um texto lindo sobre saudade hoje. Recomendo que leiam todinho. E releiam, pra ter certeza de que captaram bem a mensagem. Separei um trechinho dele, pra comentar:

Matar saudade não é crime. Quem ama pode, e deve, dar cabo dela. Não fazê-lo é condenar-se a um tipo especial de xilindró: o do coração apertado.

Estou vivendo um desses momentos de matar saudade: Filhote está em casa! Veio fazer a prova de seleção do IFBA e eu aproveitei pra pegar a danada e enfiar pelo ralo, enforcar, matar do jeito que puder. Porque uma das piores coisas desse mundo é mãe viver longe de filho.

Photo-0278 

Toda Anabel é linda?

Não é segredo que minha autoestima não é problemática. Já falei muito sobre a segurança que tenho de gostar de mim. Certamente isso é fruto do ambiente cheio de amor em que vivi e também da certeza de que “Deus me ama, e ele não ama lixo”. 

É claro que em algumas fases da vida passei por situações em que pessoas “do mal” quiseram me convencer de que eu não era tão boa assim, que meus defeitos (sim, eles existem) eram maiores que minhas qualidades, bla bla bla whiskas sachet… Mas thanks God isso foram só fases, que como em todo game, a gente passa.

Mas o assunto do post de hoje é que descobri uma xará!!! Isso pode ser coisa básica pra quem se chame  Ana Paula, Ana Cristina, Ana Lúcia, Ana Carla, até Aline, Daniela ou Patrícia. Mas ANABEL… é coisa rara, gente. Acreditem.

Fora uma aluna de minha mãe, quando eu era criança, nunca conheci outra. E essa, que mora aqui na Capitania, eu nunca mais encontrei, apesar de ter visto na Biblioteca da UESC que ela estudou por lá… No Orkut, cheguei a interagir com outras, na comunidade (que já foi deletada) “Anabel, existe mais de uma?” , mas somente no ambiente virtual, e eram todas adultas.

Ontem recebi no meu blog de fotografia a visita e um comentário muito delicado da Mara Matos, que mora em Portugal e… tem uma filhinha que chama Anabel! Corri pra fuçar o blog dela e não é que a Anabelzinha é linda? Um rostinho delicado e cara de menina inteligente (Rá!) que deve ser típico das “Anabéis” mundo a fora. Além disso, a mãe dela tem muito bom gosto para escolher nomes… Acho que vamos ser boas amigas!!!

E aproveitei para raptar a foto de um bolo de aniversário dela, pra usar quando chegar a hora certa. Vejam:

Bolo Anabel

Nem preciso dizer que “na hora certa” vou editar o cabelo loirinho, né?