Diário de viagem – 8

Hoje perdemos a hora do almoço real, e comemos pizza por volta das quatro da tarde. É que depois do café fui fazer dançoterapia (adorei!) e depois aula de bolero. E posso dizer: eu já domino o dois pra lá, dois pra cá e o vai e volta, vai e volta! \o/ TODOS COMEMORA!!! Marido agora não escapa de dançar comigo!

Na dançoterapia

    
Os professores, Cristóvão e Katiusca
    
Esta é Heliana, de Belém, minha parceira na aula de dança
Finalmente, hoje peguei na Canon pra fotografar o por-do-sol no meio do mar. No meio, necessariamente, não, porque hoje passamos pela costa uruguaia, e avistamos Punta del Este, onde vamos parar na volta.  Mas consegui fazer umas fotos legais, mais de gente fazendo esforço pra fotografar do que fotos do sol em s, ique poderiam fazer parte da série “Tudo por uma boa foto”. Ainda dei uma aulinha básica grátis sobre a hora mágica e fotografia à conta luz. Smiley piscando
     27-02-2012 (60)
27-02-2012 (67)     27-02-2012 (73)
27-02-2012 (74)     27-02-2012 (79)
27-02-2012 (86)     27-02-2012 (106)
27-02-2012 (129)     27-02-2012 (131)
27-02-2012 (147)
Aliás, hoje, pela primeira vez, passei um tempo no deck superior, tomando sol. Não, não vesti roupa de banho e nem cogitei usar qualquer uma das micro-piscinas, que devem ter uma concentração de xixi acima do aconselhável pela ANVISA. Mas passei protetor solar, levei um livro (Comer, Rezar, Amar) e fiquei um bom tempo misturando a leitura com uma pequena observação antropológica não participante, das brincadeiras à beira da piscina, feitas pela equipe de animación.
    
   
     
Achei interessante a maneira de encontrar os pais de uma garotinha perdida: Um tripulante andando pelo deck com uma enorme fita laranja para chamar a atenção… resolveu rapidinho!

No nosso pacote, tudo é incluído, com exceção de bebida alcóolica e… ÁGUA! Uma garrafinha de 500ml custa 2 dólares, e do jeito que eu bebo água… iria ficar pobre rapidinho! Solução: Pedir, no bar, “um copo com gelo”, e… voilá! O gelo vira água! #pobrezafeelings

Ao contrário de mim, mamis passou o dia inteiro deitada, só levantou para as refeições. Papi ficou um tanto quanto zangado, mas eu até entendi e gostei dela descansar, porque amanhã estaremos em Buenos Aires e aí neguinha vai andar. Ah, se vai!
À noite, depois do jantar, assistimos um show no melhor estilo Anos Dourados, com Elen de Lima, cantora do auge da Era do Rádio, e meus velhinhos gostaram muito! Acho que eles nunca haviam ido a um show assim… Tivemos uns entreveros com gente mal educada que ficou em pé obstruindo a visão de quem estava sentado,  e foi necessário fazer uma certa ginástica para poder enxergar, mas no balanço geral, foi bom!
    
    
Nossa mes é a de nº 50, já para comemorar as Bodas de Ouro do casal, em maio!
    
    
                    DSC04115     DSC04118
Élen de Lima, Diva do Rádio nos Anos Dourados, ainda tem uma voz firme e potente! Cantou sucessos conhecidos por todos, acho que Marido iria adorar o show…
Ao fim do show, ainda havia o espetáculo da noite no Teatro Ibiza, Made in Italy, mas esse eu realmente não gostei, tanto que escapuli antes do final. Hoje precisamos dormir cedo (?) pra acordar bem amanhã, que é o auge da viagem.

Diário de Viagem – 6

Pagando a promessa… Os dias em Tatuí.


Para contextualizar: Papi nasceu numa família de 15 irmãos, no interior da Bahia, e esses se espalharam entre Bahia e São Paulo, passando em geral muito tempo sem se verem, embora a ligação afetiva e de afinidades seja muito forte.

Chegar em Tatuí e rever tio Rosalvo foi uma emoção muito grande pra os dois. Eu e as primas (Critina, Cristiane e Débora) ficamos felizes com nossos reencontro, mas certamente mais felizes de ver a felicidade dos manos se encontrando. Foram somente três dias, mas três dias intensos.

24-02-2012 018
24-02-2012 022     24-02-2012 023
Ah, ia esquecendo de contar. Para chegar a Tatuí, Dora pediu ao mordomo-motorista dela, Bob, pra nos levar à rodoviária da Barrafunda. Como ele não sabia o caminho, fomos guiados pelo GPS. Foi uma aventura, e com menos emoção porque o GPS corrigia a rota quando o motorista por algum motivo, errava a entrada. Mas o fato é que  chegamos à rodoviária… pelo lado errado. Bob entrou pelo lado dos ônibus, onde, é claro, não tinha lugar de estacionar ou mesmo parar o carro rapidamente para descermos. Depois de várias rodadas por um “quarteirão” imenso, resolvemos usar um estacionamento pago perto da rodoviária e de lá pegar um taxi para entrar pelo lado certo. Tensão por imaginar que o taxista iria se zangar por ser uma corrida tão pequena e ficar dando voltas conosco… mas ele (seguindo um GPS tb) nos deixou no lugar certo (corrida: 17,00). Subi pra comprar as passagens e saber onde era o embarque.

Voltei, e peguei a turma e a s bagagens, e vamos pro embarque. Escada rolante de descida. Visualizem o comboio: Na frente, eu com duas malas (de rodinhas); no meio o casal de fofonildos, com papi puxando uma mochila de rodinhas; por último o filhote com mais duas malas de rodinhas. Desci numa boa, e quando estava no meio, olhei pra trás e vi a cena: os dois de mãos GRUDADAS, e minha mãe com medo de colocar o pé na escada rolante. Meu pai acabou entrando na frente com a mochila e ela – sem largar a mão dele e sem segurar no corrimão, atrás. Não deu outra: desequilibraram, e caíram. Aquela queda clássica em câmara lenta, onde a gente vê o que vai acontecer e não pode fazer nada pra impedir. Abelzinho em cima, eu embaixo e eles rolando na escada rolante. TENSO de verdade.

Mas como Papai do Céu não desampara os seus, apareceram do nada muitas pessoas para ajudar. Duas moças levantaram os dois – na verdade impediram que a queda prosseguisse escada abaixo, um rapaz pegou a mochila, outro apertou o botão de emergência da escada rolante e ainda outro ajudou Abelzinho a sair do meio da escada com as malas. Um batalhão de anjos, com certeza!

Saldo do acontecido: Nenhum machucado em nenhum dos dois! Depois ficamos pensando: bastava eles terem soltado as mãos, e cada um segurar no corrimão da escada, como havíamos feito sem problemas por tantas vezes nos aeroportos que passamos. Mas quem os conhece sabe que esse grude é antigo, e largarem as mãos na hora de uma agonia é praticamente impossível. Smiley piscando

Enfim, embarcamos, a viagem foi ótima, ônibus confortável, executivo quase leito e expresso, só parou mesmo na rodoviária de Tatuí onde o tio já estava à nossa espera!

É óbvio que de tudo isso não tenho fotos, aliás acho que foi esse estresse que me deixou quieta no fotografar durante os dias em Tatuí. Acho também que a emoção boa contribuiu para que eu curtisse os momentos e fotografasse quase nada. Nem toquei na Canon, praticamente, nesses dias todos. A Sonyzinha é que está dando conta do recado!

Acho muito interessante o que acontece com a nossa família, nesse aspecto de encontros e reencontros: passamos anos sem nos falar, e quando nos encontramos é como se tivéssemos estado sempre juntos. Foi assim com as primas, especialmente com Cristiane, e também com os filhos. Abelzinho passou os dias com Henrique, como se fossem os melhores amigos de infância. Só que além deles não se conhecerem, havia uma diferença de idade considerável: um com vinte e outro com onze anos. E enquanto eles conversavam, jogavam X-Box ou assistiam filmes, eu, de longe, observava as consessões feitas de ambos os lados, para que a relação fluisse.
    
    

Saí com Cristiane para fazer as unhas, passamos no mercado e numa loja de cosméticos, e era como se fizéssemos aquilo juntas todos os dias. Com as diferentes características de cada uma – tipo: eu olho, gosto, compro, sem ficar em dúvida de nada, enquanto ela é a rainha da indecisão – foi engraçado vermos que sim, abrimos mão de alguma coisa para agradar a outra. E não temos nenhuma foto de nós duas juntas!!! Smiley triste


Saímos de Tatuí no sábado cedinho, depois de muitos abraços e algumas lágrimas rolando nos corações sem chegar aos olhos. Mas com muitas promessas de que os próximos encontros não vçao demorar vinte anos e nem terão que durar somente três dias.
     
    
    

Diário de Viagem – 4

O tempo pra postar está sendo curto, desde que saímos de Sampa. Estamos em Tatuí, na casa dos tios Rosalvo e Hilda, e ainda tem muita coisa pra contar de lá, desde o passeio gostoso com a Karina, ao reencontro com Dora e Luiz… E já estamos aqui há três dias, sendo paparicados pelos tios e pelas primas Débora, Cristiane e Cristina, e conhecendo a parte da família que nasceu nos últimos 20 (isso mesmo, VINTE) anos!

Incrivelmente, tenho feito poucas fotos. Aqui em Tatuí, passei dois dias sem pegar na câmera, é possível? Mas está sendo muito gostoso, muito bom mesmo estar com os queridos e matar as saudades.

Amanhã pegamos a estrada de Santos para embarcar rumo ao sul da América do Sul. No navio é que vai ser difícil – se não impossível postar, mas vou tentar, ao menos, escrever pra não esquecer.

83.

11 de janeiro de 1929. Nasceu a segunda filha do casal  Alzira e Alípio Guerra. Que depois de 36 anos veio a ser minha mãe. E hoje ela faz 83, cheia de vida e de alegria! A saúde deu uma “rateada” nos últimos dois anos, mas algo que não pode ser considerado incomum, tendo em vista a inexorável passagem do tempo.

Nesses anos todos, muita coisa mudou, mas algumas não mudam jamais! Vejam a cena que encontramos, quando descemos, Marido e eu, para dar os parabéns no começo da manhã:

11-01-2012 02411-01-2012 025

O “culto doméstico” é horário sagrado por lá, sempre foi, e continuará sendo.

Hoje é dia de festa, não no sentido explícito da palavra, mas no sentido de celebrar a vida e agradecer a Deus  a Sua Mão sobre nós durante todos os dias de nossas vidas!

11-01-2012 029

Foto: Marido Carlos Mascarenhas